6 vinhos para experts

Nós já indicamos aqui vinhos para iniciantes, as pessoas que estão começando a aprender e se aventurar no mundo do vinho. Agora chegou a vez de compartilhar dicas de rótulos com aqueles que já conhecem o estilo ideal para o seu paladar e procuram novas experiências expressadas em aromas, sabores, complexidade, tipicidade, Denominações de Origem, uvas e por aí vai.

Vinho Château Angelus 2005 – Um Grand Cru primoroso, majestoso e magnífico. Encorpado, elegante, macio, sedoso e com taninos finos.

Entre as pontuações conquistadas, esse legítimo Grand Cru alcançou 100 pontos Robert Parker, nota máxima fornecida por um dos maiores críticos do mundo do vinho. Parker degustou quase todas as safras desse exemplar, desde 1975, e a 2005 foi a única que alcançou tamanho reconhecimento. As características climáticas durante todo o ano e a alta qualidade do terroir proporcionaram um tinto aromático e com uma complexidade indescritível. A cada taça, é possível descobrir novos aromas e sabores.

Vinho Carpineto Brunello di Montalcino DOCG 2009 – Um vinho que faz jus ao nome, com sua estrutura rica, macia e persistente.

Um dos mais prestigiados vinhos italianos, o Brunello di Montalcino é uma Denominação de Origem Controlada e Garantida, garantindo toda sua tipicidade, regras no processo de elaboração e áreas específicas para o cultivo das uvas. O amadurecimento em barricas de carvalho por 3 anos, e os anos de envelhecimento em garrafa, resultaram em um tinto com aromas terciários, com notas de evolução. O paladar intenso, que também traz notas de envelhecimento, proporciona uma rica e inesquecível experiência.

Vinho Bonanzi Terroir Selection Pinotage 2009 – A safra 2009 mostra aromas de tabaco, especiarias, violeta, frutas vermelhas e negras em compota e nuances balsâmicas.

 

Vinho Bonanzi Terroir Selection Pinotage 2012 – A Pinotage mostra nesse exemplar notas de frutas como amora, ameixa e cassis maduros, defumado, especiarias e couro.

A Pinotage é uma uva tinta nativa da África do Sul. Esse país que integra o Novo Mundo possui uma forte influência francesa na viticultura. Uma experiência enriquecedora para os experts é a degustação vertical, que consiste em degustar o mesmo rótulo, porém de diferentes safras. O objetivo é analisar as influências climáticas de cada ano e a evolução do vinho com o passar do tempo. As diferenças das características olfativas e gustativas podem surpreender de uma safra para outra. Um desses tintos traz nuances balsâmicas, de tabaco e um paladar maduro, o outro destaca couro, defumado e taninos bem equilibrados com a acidez.

Vinho Goulart M The Marshall Ice Storm 2013 – Exuberante aroma de geleia de frutas vermelhas mescladas a delicadas notas de especiarias doces, como alcaçuz e nuance de baunilha.

Esse Malbec argentino foge à regra na categoria tipicidade, pois traz um estilo diferente, que se aproxima mais do Velho Mundo. O paladar destaca uma saborosa acidez mesclada aos taninos, já o aroma de geleia de frutas, especiarias doces e baunilha substitui o tradicional aporte amadeirado. Esse tinto de produção limitada é ideal para analisar o trabalho do enólogo, que consegue trazer características diferentes das tradicionais da região, com uvas cultivadas no mesmo terroir.

Vinho Ropiteau Frères Bourgogne Chardonnay 2013 – Chardonnay da Borgonha com aromas frutados mesclados às flores brancas e nuances minerais.

Esse clássico esbanja tipicidade e características do terroir local, afinal, a Borgonha é a terra natal da Chardonnay, considerada por muitos a rainha das uvas brancas. O amadurecimento de seis meses em barricas de carvalho francês não domina os aromas e os sabores desse vinho, expressando elegância e um equilíbrio incrível que une toques de brioche, com notas florais e mineralidade. Uma excelente dica para quem sabe apreciar vinhos brancos.

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Colaboração técnica: Nicole Batista