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Curiosidades

11 erros comuns na hora de degustar vinhos

19 fevereiro 2018
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Na hora de degustar um bom vinho, algumas dúvidas podem surgir. O que diz a etiqueta? Posso harmonizar do jeito que eu quiser? E a temperatura? Tire suas dúvidas agora.

Ter o prazer de apreciar um bom vinho é uma experiência fantástica. Porém, algumas dúvidas podem surgir no momento da degustação. Veja erros comuns:

1 – Julgar o vinho pelo seu vedante

A rolha de cortiça maciça é, sem dúvida, o vedante queridinho de muita gente. Por isso, há gente que não vê com os melhores olhos as tampas de rosca (screw cap), sintéticas e de vidro (vinolok), na preferência popular.

Se a rolha de cortiça possui toda sua tradição e charme como aliada, aposte na tampa de rosca vedante que é tendência mundial e traz modernidade e praticidade. Ela dispensa o uso de saca-rolhas para praia ou piscina, por exemplo. Já a vinolok tem um charme único e ainda permite reutilizar a garrafa depois.

2 – Servir vinhos em temperaturas diferentes das indicadas

Para algumas pessoas, a temperatura do vinho pode passar despercebida, como um detalhe, mas na verdade esse aspecto é de extrema importância e faz muita diferença na sua experiência.

Uma das crenças mais difundidas é que o vinho deve ser degustado à temperatura ambiente. Porém, os estudos que apontam essa prática se referem a locais de temperatura amena a fria, onde 15, 16°C são corriqueiras.

Em relação aos aromas, se o vinho estiver muito gelado, entre 9 e 10°C, por exemplo, eles tendem a ficar mais difíceis de se perceber. Por outro lado, se estiver em alta temperatura, como 25°C, o álcool será predominante. Outro ponto é que, quanto mais baixa a temperatura do vinho, mais seus taninos e amargor se evidenciam. Confira a temperatura ideal de cada tipo de vinho.

3 – Encher muito a taça

É preciso ficarmos atentos com a quantidade de vinho a ser servida. O ideal é ocupar ⅓ da taça. Se for servida muita quantidade, a tendência é que ele esquente antes mesmo da pessoa terminar de degustar todo o volume. Nesse caso, é até capaz de haver desperdício.

Como regra geral, nunca é bom servir mais da metade da taça, para a pessoa poder aproveitar ao máximo aquele volume de vinho na temperatura recomendada.

4 – Segurar a taça pelo bojo

Pela etiqueta, não existe uma regra única de como se segurar a taça. Entretanto, é recomendado segurá-la pela haste (parte da taça que liga a base ao bojo), pois assim evitamos sujar o bojo da taça, principalmente, quando houver harmonização.

Dica de leitura:  Como funciona a sua língua na hora de beber vinho

Além de manter a temperatura do vinho que, em contato com a mão, aquece e perde rapidamente sua temperatura ideal de consumo.

5 – Ingerir outras bebidas fortes durante a degustação

Em uma degustação de vinhos, qualquer outro elemento pode acabar prejudicando sua experiência. Se esse elemento tiver aromas e sabores fortes, os sentidos ficam prejudicados e o vinho poderá revelar características desagradáveis que não seriam sentidas antes.

Por isso, evite ingerir destilados, cafés ou chás pouco antes ou durante a degustação. Para acompanhar um bom vinho, nada melhor do que uma taça de água.

6 – Ordem de serviço no “achômetro”

Quer degustar mais de um tipo de vinho e não sabe por onde começar? Não se assuste! Em vez de ir no “achômetro”, criamos uma tabelinha superprática para servir os vinhos na sequência correta:

  • Peso: Leves → médio corpo → encorpados
  • Tipo: Espumantes → brancos → rosés → tintos
  • Doçura: Secos → meio secos → doces

7 – Ignorar o poder da harmonização

A arte de combinar vinhos e comida se baseia no estudo das interações químicas que explicam o sucesso quase unânime das combinações consagradas. Por exemplo, churrasco argentino e Malbec, bem como o porquê de certas combinações serem rejeitadas pela maioria, como harmonização de ovo com vinho.

O objetivo buscado é o equilíbrio, pois um vinho sensacional pode “matar” um prato delicioso e vice-versa. A ideia é que a união do vinho e da gastronomia garantam um prazer maior do que a presença de cada um deles separadamente. E aqui, cabe pão com azeite, salgadinho de festa, pipoca, pizza de supermercado ou mesmo do delivery. O importante é potencializar seus momentos!

8 – Armazenar inapropriadamente

Você pode deixar vinhos e espumantes dentro da WineBox (que é um ambiente escuro) ou em armários. Busque por um ambiente sem luz direta. É muito importante não deixá-los em ambientes que recebam fontes de calor, como cozinha, varanda ou próximo a janelas. O local deve ser o ambiente que possui a temperatura mais amena da residência.

A temperatura média tida como ideal para conservação do vinho é 13°C, aceitando um máximo de variação de 2°C ao ano. Quanto mais calor o vinho pegar, maior a velocidade das reações químicas, fazendo com que o amadurecimento do exemplar seja muito mais rápido. Assim, ele vai se perder em um tempo mais curto também.

Dica de leitura:  Cinco dicas para uma degustação especial

Para a rolha não ressecar e levar ao vazamento do vinho, mantenha-o em um ambiente com a umidade relativa entre 65% a 70%. Baixa umidade pode ressecar a rolha e excesso pode facilitar o surgimento de mofo. O local onde o vinho será armazenado precisa ser livre de trepidação (pequenos tremores). Caso deseje, pode também optar por comprar uma adega portátil. Saiba como escolher uma adega.

9 – Não tomar água

A presença da água junto à taça de vinho é de suma importância, pois nossa bebida preferida, assim como outras bebidas que contém álcool, são diuréticas e ajudam na desidratação do corpo humano.

Além disso, se você vai beber vários tipos de vinhos, a água ajuda a limpar o paladar, entre um exemplar e outro. A sensação de bem-estar será muito maior na presença dela e ajudará a evitar o efeito do álcool no dia seguinte.

10 – Achar que só vinho caro é bom

O primeiro ponto é entender que o gosto pessoal que irá definir qual é o melhor vinho para você. Se você já fez alguma degustação às cegas, pode ter se surpreendido. Você pode ter percebido que o melhor vinho para você não era o mais caro daquela mesa e, às vezes, nem mesmo o mais apreciado pela maioria.

A sugestão aqui é ter experiências baseadas na uva, no terroir, no tipo de amadurecimento ou outros pontos, e que o preço seja apenas uma delas, não a principal.

11 – Se apegar apenas a um vinho, uma linha ou um estilo

O mundo do vinho tem mais sentido ao ser chamado de universo, pois é praticamente impossível, em uma única vida, degustar todos os tipos de uvas, terroirs, tipos de vinificação, amadurecimento e afins.

Portanto, se permita sempre conhecer uma novidade e aqui cabe um clichê: cada garrafa vazia aberta é uma fonte inesgotável de conhecimento. Aumente seu leque de oportunidades e, quem sabe, de gosto pessoal!

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