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Dicas

Para você que busca por vinhos mais docinhos

16 fevereiro 2024
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Ter um paladar mais adocicado não quer dizer que você tenha um paladar inferior. Entenda o porquê!

Durante muito tempo, no Brasil, a produção de vinhos estava focada nas uvas vitis americanas, que são aquelas uvas que encontramos no supermercado, conhecidas como Itália, Rubi, Thompson, entre outras. 

Geralmente, os vinhos produzidos por essas uvas, que não têm uma estrutura adequada, ou seja, não possuem taninos suficientes, têm outros componentes adicionados à bebida, fazendo com que ela fique mais doce, um vinho adocicado. 

Por isso, hoje em dia, é comum ouvirmos por aí que quem gosta de vinho doce não gosta de vinho ou não sabe degustar a bebida. 

Mas isso não é verdade! 

Para defender os amantes de um vinho mais docinho, as sommeliers Marina Bufarah e Thamirys Schneider se reuniram no episódio #173 do Wineverso Podcast, e bateram um super papo sobre o assunto! 

Vem saber mais! 

Vinhos finos não levam açúcar

Todo esse contexto dado anteriormente foi para que possamos entender o porquê dessa percepção de vinho adocicado industrialmente, que é uma percepção 100% brasileira. 

Na Europa, por exemplo, é proibido plantar vitis americanas, justamente para se evitar possíveis hibridismos nas uvas.

Ainda assim, existe um enorme preconceito, como se mesmo vinhos de outras uvas que não as americanas fossem muito adocicados ou sofressem adição de açúcar, e por isso seriam ruins. Os vinhos finos, por exemplo, são um deles. 

“Os vinhos finos são elaborados com vitis vinifera, que é mais usada para produção de vinho na Europa, e é proibido adicionar açúcar neles. Portanto, não precisa ter esse mito de que, só por ele ser um vinho mais adocicado, ele é um vinho ruim ou teve adição de açúcar. Pelo contrário, são vinhos muito bons”, explica Thamirys no episódio.

E continua: “a única diferença desses vinhos adocicados para os demais é que eles têm uma quantidade maior de açúcar residual, que permanece por mais tempo. E aqui a gente não está falando de fruta concentrada. Estamos falando do açúcar natural da uva, que dá um preenchimento maior do palato, que traz uma maciez, que faz ser tragável um vinho tânico, por exemplo”. 

Acidez também deve ser levada em consideração 

Além de toda a explicação voltada ao processo de produção dos vinhos finos, as sommeliers também comentaram sobre a acidez presente nos rótulos, explicando que não é somente o açúcar residual que faz um vinho adocicado. 

“Todos esses têm acidez elevada na boca, que é fundamental para trazer uma sensação de frescor e doçura adequada. É tudo questão de equilíbrio. Se o vinho está equilibrado, pouco importa o açúcar”, comentou Marina.  

As especialistas também explicaram que vinhos mais docinhos não são sinônimo de vinho fraco, pelo contrário, existem muitos disponíveis no mercado com um grande teor alcoólico. 

“Você gostar de vinho mais docinho não quer dizer que você gosta de vinho ruim ou que você é um consumidor ruim. Vinhos licorosos, vinhos de colheita tardia, e os vinhos mais caros do mundo, por exemplo, têm açúcar residual elevado e mesmo assim são super premiados”, contam Schneider e Bufarah. 

Linhas Wine de vinhos mais adocicados 

Para finalizar o episódio, Marina e Thamirys ainda deram algumas sugestões de vinhos mais adocicados, bem avaliados e disponíveis na Loja Wine

Linha Dadá 

Linha Dark Horse 

Ouça o episódio completo 

Gostou do assunto? Quer saber mais sobre os vinhos mais docinhos? 

Ouça o episódio completo!

Confira também todas as temporadas do Wineverso Podcast! 

Escrito por: Wine