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Sommelier Wine

Vinhos Verdes: tudo o que você precisa saber

23 novembro 2020
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Marcos da história mostram que os Vinhos Verdes foram os primeiros exemplares portugueses a serem exportados. Saiba mais sobre os vinhos portugueses!

Rótulos ecléticos que vão do jantar aos dias ensolarados na praia, os vinhos da região dos Vinhos Verdes romperam as fronteiras de Portugal e ganham cada vez mais o gosto dos brasileiros. A bebida possui traços aromáticos marcantes de frutas e toque cítrico, proporcionando um paladar leve e frutado. 

Saiba tudo sobre os vinhos verdes! 

É cada vez maior o número de apaixonados por vinhos no Brasil e o consumo médio da bebida entre os brasileiros. A tendência de aumento foi confirmada por um levantamento realizado no início do segundo semestre de 2020, que mostrou que nos meses de abril, maio e junho foi registrada uma média de 2,81 litros consumidos por pessoa – 39% a mais do que no mesmo período do ano anterior.

O que ainda pouco se fala é que os brasileiros têm ido muito além dos rótulos mais tradicionais. Os Vinhos Verdes têm ocupado mais espaço nas prateleiras e entre as opções preferidas no Brasil. Ainda assim o seu nome continua gerando dúvidas: o vinho verde não tem relação com a cor da bebida, que pode ser, inclusive, vinho branco, rosé, tinto e até mesmo espumante. 

Os rótulos levam esse nome por serem produzidos em uma região específica de Portugal, chamada Vinhos Verdes – no Noroeste do país. Oficializada em 1908, essa é a maior região demarcada do país e uma das maiores de toda a Europa.

Sobre o nome do local, existem duas teorias mais consolidadas entre especialistas para explicar a sua escolha. Uma dela é que Vinhos Verdes remete à paisagem natural da região de colinas e montanhas, dominantemente verdes e que se mantêm assim até mesmo no inverno. Outra linha explica que, na verdade, o nome é uma referência às uvas produzidas no local que, no passado, eram colhidas ‘verdes’ – antes da sua completa maturação. 

Hoje, a região conta com diversas opções de enoturismo. É possível visitar a região pela rota dos Vinhos Verdes. Junto com visitas a vinícolas e degustações, o passeio inclui cidades que são Patrimônio da Humanidade e importantes monumentos de diferentes épocas.

A história do Vinho Verde

Agora que você já sabe que vinho verde não tem relação com a cor da bebida, importante entender que os rótulos são de uma Denominação de Origem Controlada. Ou seja, só são denominados Vinhos Verdes aqueles que são produzidos dentro da região demarcada. 

Considerando sua área geográfica, a D.O.C. Vinho Verde é a maior região demarcada portuguesa e também uma das maiores da Europa. Todo o controle e certificação são realizados pela Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) que insere um selo de garantia em cada garrafa desde 1959.

Há indícios históricos de que os vinhos verdes teriam sido os primeiros exemplares portugueses a serem exportados para o mercado europeu. Nos séculos XVI e XVII, os vinhos dessa área eram levados com frequência para o norte da Europa. 

Características dos Vinhos Verdes

Cada garrafa do Vinho Verde carrega com ela o estilo marcante dos rótulos: destacam sempre o frescor e leveza – uma relação direta à juventude dos Vinhos Verdes, opostos aos rótulos mais encorpados e complexos. 

Além das características gerais da produção da região, algumas áreas específicas de Vinhos Verdes trazem variações nas características do terroir. Por este motivo, a região foi dividida em sub-regiões relacionadas à tipicidade local nos vinhos.

Ao todo, são nove: Amarante, Ave, Baião, Basto, Cávado, Lima, Monção e Melgaço, Paiva e Sousa. Um destaque entre as sub-regiões é Monção e Melgaço, que dá vida a um vinho branco da uva Alvarinho, um dos mais emblemáticos da região. Aromático e com sabor persistente, pode ser degustado jovem ou após uns anos, dependendo do estilo do exemplar.

Harmonização com Vinho Verde

A principal dica para fazer uma harmonização perfeita com um típico exemplar de Vinho Verde é lembrar das suas características marcantes. Os brancos são leves, com bastante frescor e alta acidez. São essas características que você deve levar em consideração na hora de escolher os pratos. 

São rótulos extremamente versáteis, que combinam com aperitivos, saladas e jantares completos – sendo que os peixes e mariscos são sempre combinações certeiras. Além de serem perfeitos para acompanhar frituras, como bolinho de bacalhau, coxinha e até acarajé.

Também é possível incluir pratos de carne, principalmente frango e porco, e até massa. 

Escrito por: Wine