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Sommelier Wine

Blend das uvas: entenda tudo sobre a alquimia dos vinhos

24 março 2021
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Também conhecido como assemblage ou vinho de corte, saiba tudo sobre os blends de uvas que resultam em excelentes vinhos!

Também conhecido como assemblage ou vinho de corte, a arte dos blends é um tema bastante amplo, que resulta em rótulos únicos a partir de cada detalhe – do momento da escolha das uvas à guarda. O equilíbrio entre as castas, pelas mãos do enólogo experiente, gera vinhos únicos. 

Quer saber mais sobre os blends das uvas? Reunimos aqui tudo o que você precisa saber sobre a alquimia que resulta nos mais variados sabores e aromas!

O que é blend de uvas?

Ao contrário dos vinhos varietais, produzidos com apenas uma variedade de uva – ou com grande percentual de determinada casta -, os rótulos desenvolvidos a partir de blends podem contar com diversas uvas em sua elaboração. 

O conceito de produção de vinhos a partir de blends parte do objetivo de encontrar uma mistura capaz de atingir o melhor resultado para a bebida. A intenção do enólogo pode ser de, por exemplo, aumentar o corpo do vinho ou nível de acidez para chegar em um estilo e gostos específicos.

Um produtor pode cultivar uma mesma variedade em áreas diferentes e o enólogo fazer um blend de vinhedos, mesclando terroirs diferentes, de vinhedos localizados em altitudes distintas, com videiras com idades diferentes.

A clássica Bordeaux, região da França que tem enorme tradição na produção de blends, contribuiu para a boa fama dos vinhos de corte por seus excelentes assemblages. Outro exemplo é o GSM, um blend típico da Denominação de Origem Côtes du Rhône, que mescla as uvas tintas Grenache, Syrah e Mourvèdre. 

Já na Austrália, o corte famoso é composto por Cabernet Sauvignon e Shiraz.

Exemplos de blends:

  • Merlot com Cabernet Sauvignon;
  • Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier;
  • Cabernet Sauvignon e Malbec;
  • Cabernet Sauvignon e Syrah.

Já quando falamos de determinado rótulo que conta apenas com uma casta em sua composição, é comum que seja identificado pelas denominações varietal, mono-varietal ou monocasta. Exemplos clássicos são os brancos desenvolvidos a partir da uva Chardonnay e os vinhos tintos produzidos com a Pinot Noir. 

Importante ressaltar que, quando há mistura de castas e ainda assim o vinho é considerado varietal, é necessário que o rótulo siga um limite máximo para a assemblage, de acordo com as regras de cada tipo de vinho e/ou região. 

São considerados vinhos varietais:

  • Brasil: mínimo 75% de uma mesma uva
  • Austrália: mínimo de 85% da uma mesma uva
  • África do Sul: mínimo de 85% da uma mesma uva
  • Estados Unidos: mínimo de 90% em alguns Estados

A diferença entre os blends e os vinhos varietais

Muitos ainda acreditam que os vinhos de corte representam o melhor da bebida, sendo a materialização da mistura perfeita entre as uvas. No entanto, é importante reforçar que a resposta para a comparação depende muito mais do gosto do que da qualidade dos rótulos, afinal, existem vinhos maravilhosos de corte, assim como há vinhos incríveis de uma casta só.

Ao analisar um rótulo e identificar o nome de uma casta específica, significa que aquele rótulo se trata de um vinho varietal ou monocasta. Esses tipos de vinhos se tornaram conhecidos por todo o mundo entre os anos 60 e 70, a partir de uma estratégia americana de concorrer com os tradicionais rótulos europeus – que estampavam a região onde havia sido produzido ao invés da uva.

Vinhos por tipos de blends

Dicas de vinhos com blend de uvas brancas: 


Dicas de vinhos com blend de uvas tintas: 


Dicas de vinhos com blend de uvas tintas e brancas:

Agora que você já sabe como as mesmas uvas em diferentes quantidades podem resultar em vinhos cheios de personalidade, que tal experimentar excelentes exemplares? A Wine conta com rótulos selecionados e exclusivos, dos melhores produtores ao redor do mundo!

Escrito por: Wine