Velho Mundo: a volta ao mundo em 7 vinhos
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Vamos conhecer o mundo através da taça de vinho? Conheça os destaques do Velho Mundo e viaje com a gente.
Selecionamos alguns países do Velho Mundo do vinho para começarmos a viagem e indicamos os exemplares que representam bem as características da produção vinícola dessas regiões para você se aventurar!
Alemanha
Berço de alguns dos melhores e mais longevos brancos do mundo, produzidos com a uva Riesling. No país, existe uma grande variedade de estilos, excelentes companhias para muitos pratos da cozinha alemã e para a asiática também. Seus vinhos, muitas vezes, ainda ficam à sombra da imagem da “era Liebfraumilch” (vinho branco barato e doce, famoso nos anos 80), que nada tem a ver com o que a Alemanha tem de melhor, como o Dr. Loosen Riesling Kabinett Blue Slate Demi Sec 2013.
Vinho com aromas de frutas, especiarias, anis, mineral. e paladar levemente doce e fresco. É feito por uma renomada vinícola alemã, a Dr Loosen, que utiliza baixa produção nas vinhas e pouca interferência tecnológica na vinificação, elaborando vinhos praticamente artesanais.
França
Não é exagero classificar esse país como um dos maiores produtores vinícolas do mundo. Existem cerca de treze grandes regiões vinícolas na França, algumas das quais possuem mais de vinte AOC (vinhos de certificação de origem controlada). Além dos vinhos AOC, existe ainda uma enorme quantidade de Vins de Pays ou Vinhos Regionais. Dentre algumas das principais regiões vinícolas francesas temos: Champagne, Bourgogne, Bordeaux e Vallée du Rhône. Dois excelentes representantes do país no mundo do vinho são o Champagne Jacquart Brut de Nominée e o Château Béhèré Cru Artisan AOC Pauillac 2010.
Elaborado com uvas provenientes de vinhedos especiais, classificados como Premier Cru e Grand Cru, é um Champagne elegante e delicado, de aroma e sabor únicos, consequência de um terroir diferenciado e dos 5 anos pelos quais é mantido em contato com suas próprias borras.
Tinto grandioso, que exibe ao nariz notas de noz, flores e cedro, com paladar aveludado e fresco. É produzido em Pauillac, endereço de alguns dos exemplares mais desejados de Bordeaux, que fica em meio às vinhas Mouton Rothschild e é o único a elaborar vinhos de artesão nessa região.
Portugal
O país possui longa tradição vinícola, iniciando sua história na vinicultura pelos romanos, muitos séculos atrás. São poucos os países que possuem a mesma vantagem portuguesa: quantidade fascinante e variada de vinhos por conta da riqueza de suas cepas nativas, como a touriga nacional, que ao lado da touriga franca dá vida ao Quinta da Fronteira Grande Escolha DOC Douro 2011.
Um vinho elegante, imponente e que recebeu 92 pontos Wine Entushiast e 91 pontos Robert Parker. Ao paladar, apresenta boa estrutura e intensidade e possui aromas de frutas negras, tabaco e baunilha, com toque de erva seca. Esse exemplar passou 18 meses em barricas de carvalho francês.
Espanha
Um dos países mais antigos da Europa na produção de vinhos e que, atualmente, está entre um dos mais modernos em tecnologias vitivinícolas, pois se reinventou nos últimos anos, com novas técnicas na produção. Com legislação rígida sobre o vinho, dá a origem de termos como Reserva, Reservado e Crianza. Um excelente representante dos vinhos do país é o Tres de 3000 Ayles DO Carinena 2007.
Produzido de maneira artesanal, este tinto agrega qualidades ímpares. Um exemplar nobre, que traduz toda a tradição e história dos vinhos espanhóis. Encorpado, intenso, com aroma de frutas maduras, com notas de especiarias e mineral. Ao paladar é rico, com taninos maduros e final longo.
Itália
País que já foi o ponto central no mundo do vinho por muitos séculos, está hoje entre os maiores produtores e se destaca, acima de tudo, por seus vinhos de castas autóctones, como a sangiovese e a glera, e pela sua gastronomia. Um bom tinto amarone, que representa a Itália perfeitamente: Tenuta Sant`Antonio Amarone della Valpolicella Campo dei Gigli 2008.
Vinho tinto elegante, rico e intenso em aroma e sabor. Remete a frutos silvestres, madeira, alcaçuz, pimenta preta, tabaco e chocolate. Em boca é encorpado, possui taninos maduros e estrutura firme. É produzido pela Tenuta Sant’Antonio, pelas mãos do enólogo Armando Castagneti.
Hungria
É de lá alguns dos mais profundos e reverenciados vinhos doces do mundo, os maravilhosos Tokaji. Várias regiões da Hungria possuem as condições ideais para o surgimento do Botrytis cinerea (fungo que auxilia no resultado do vinho) nas uvas, responsável por uma diferente maturação delas. O resultado são vinhos potentes, com muita personalidade e qualidade incomparável, como o Royal Tokaji Blue Label Aszú 5 Puttonyos 2008. A Hungria também dá origem a brancos secos excelentes, de muita classe e elegância.
Vinho produzido com uvas de vinhedos Cru’s. Os bagos Aszú (afetados pela botrytis cinerea) são colhidos manualmente um por um, tendo como resultado esse vinho adocicado, sutil e mineral. Passou 30 meses em barricas usadas de carvalho húngaro e é perfeito para harmonizar com sobremesas à base de cremes e frutas cítricas.