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Curiosidades

Mitos sobre vinho

18 março 2019
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Você sabia que muito do que dizem sobre vinhos são apenas mitos? Pois é. Veja agora o que não passa de boato sobre nossa bebida favorita e esclareça suas dúvidas.

Assim como em diversos outros temas, existem muitos mitos que rodeiam o mundo do vinho. E eles envolvem diferentes assuntos, como, por exemplo, o preço, a classificação, o vedante, o tipo, e muitos outros. Será que você já deixou de degustar algum vinho por causa de um mito?

Confira algumas falsas afirmações que rodeiam a nossa bebida preferida.

Vinho bom é vinho caro?

Mito.

Existem alguns fatores que encarecem o preço do vinho no mercado, como o valor da terra onde os vinhedos são cultivados, se a mão-de-obra local é muito valorizada, o número de cachos que cada vinha produz, o processo de vinificação (transformação do suco da uva em vinho), o preço da garrafa, do rótulo.

É interessante entender que dentre os motivos que encarecem, nem todos estão necessariamente ligados a características que o tornam melhores que outros. O melhor vinho mesmo é aquele que a gente gosta.

Vinho meio seco não tem qualidade?

Mito.

Algumas regiões quentes ou mesmo o processo de vinificação podem gerar uma certa concentração de açúcar residual. Se esse valor de açúcar for maior que 4 g/L até 25 g/L, o vinho será classificado como meio seco.

É importante destacar que esse açúcar nada tem a ver com a qualidade do vinho e também um vinho meio seco nem sempre é adocicado no paladar. A amplitude de açúcar para um vinho ser considerado meio seco é muito elevada.

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Sendo assim, em um vinho meio seco, podemos ter a percepção de ser seco no paladar ou ser adocicado, dependendo da concentração do açúcar. Com o aquecimento global, será cada vez mais comum os vinhos atingirem o álcool necessário e mesmo assim ainda sobrar alguma concentração de açúcar residual.

O fato de ser classificado como meio seco não é um fator decisivo se o vinho tem qualidade ou não. Assim como os vinhos secos, só essa informação não pode definir a qualidade do produto.

Qualquer espumante é Prosecco?

Mito!

Para ser denominado Prosecco, o espumante precisa ser proveniente da área delimitada pela Denominação de Origem Prosecco, que abrange cinco províncias do Vêneto e quatro de Friuli Venezia Giulia, localizadas no nordeste da Itália.

Além da especificidade da região e outras regras como rendimento por hectare e graduação alcoólica mínima, o espumante precisa ser elaborado pelo método Charmat e produzido somente com uvas autorizadas, entre elas, a Glera, que anteriormente era chamada de Prosecco. Um espumante Prosecco precisa ter, no mínimo, 85% da uva Glera, os outros 15% podem ser de uvas autorizadas na região.

Vinho ou espumante rosé é mais adocicado?

Mito.

As classificações dos vinhos tranquilos (sem a presença de gás) e dos espumantes são distintas, mas ambas se referem ao açúcar residual no produto pronto.

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Esse açúcar residual é o açúcar que não passou pelo processo fermentativo, ou seja, que não foi transformado em álcool. Quanto ao tipo, os vinhos e espumantes podem ser brancos, rosés ou tintos.

Essa coloração depende do tipo de uva usada, por exemplo, uva tinta ou branca, e/ou do tempo que a casca fica em contato com o líquido.

É importante lembrar que a coloração do vinho está relacionada exclusivamente aos compostos de cor que estão na casca. Ou seja, nada tem a ver com a quantidade de açúcar. Então, é errado pensarmos que vinhos e espumantes rosés tendem a ser mais adocicados.

Screw cap é usado em vinho que não tem qualidade?

Mito.

O screw cap é uma tendência mundial e não está ligado a qualidade do vinho. Países como a Austrália e a Nova Zelândia utilizam esse vedante em mais de 80% dos seus rótulos, agregando todas as faixas de preço.

Outro ponto é sua eficiência, por evitar a entrada de oxigênio na garrafa. Alguns exemplares com cerca de 10 anos apresentaram resultados satisfatórios de evolução.

Não podemos esquecer que a qualidade do vinho está ligada a diversos fatores, em destaque para a qualidade das uvas e o trabalho nos vinhedos. O vedante é um dos detalhes finais de todo o processo de elaboração do vinho.

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