Uva Arinto: a versatilidade da tradicional casta portuguesa
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Confira as características, história e harmonização com a uva Arinto!
Em um país como Portugal, com grande tradição na produção de vinhos e 250 castas nativas, a uva Arinto chama atenção! Considerada por muitos como uma das melhores uvas brancas de Portugal, a Arinto é capaz de dar aos vinhos produzidos a partir dela uma acidez pronunciada, ao mesmo tempo em que traz aromas discretos.
Além do seu nome oficial, a uva Arinto é conhecida ao redor do mundo por diversos outros nomes: Pé de Perdiz Branco, Chapeludo, Cerceal, Azal Espanhol, Azal Galego e Branco Espanhol são outros nomes dados à casta.
Características da uva Arinto
O frescor originário da acidez comumente encontrada nos vinhos produzidos a partir da Arinto é exatamente sua principal característica. Devido sua alta acidez, também é utilizada na elaboração de espumantes. Alguns de seus vinhos ainda possuem potencial para envelhecer em garrafa, agregando complexidade.
A casta tem enorme potencial para a produção de vinhos frescos, como os espumantes.
A acidez da Arinto traz com ela aromas cítricos – como maçã verde, limão siciliano e limão taiti – que chamam a atenção. Entre as notas frutadas, também é possível encontrar rótulos de construções mais complexas, com notas de frutas como o maracujá, o pêssego e o damasco.
Em relação à fruta e sua produção, a Arinto se apresenta em cachos grandes e compactos, com bagos pequenos e pele espessa.
É uma casta de maturação tardia e difícil pela enorme sensibilidade que a uva apresenta com a falta de umidade do solo. Apesar disso, a Arinto costuma se adaptar bem a diferentes climas e regiões, com destaque para locais com clima ameno – de noites frescas e dias mais quentes.
Origem da Arinto
Com a capacidade de adaptação a ponto de assimilar o terroir de cada região, é em Portugal que a Arinto se apresenta de forma nativa. A uva branca portuguesa é uma das variedades mais antigas do país, originária de Bucelas e, hoje, produzida em diversas áreas portuguesas.
É bastante cultivada, por exemplo, no Alentejo, no Tejo, e em Vinho Verde, onde é conhecida como Pedernã. Seus vinhos podem ser encontrados em sua forma varietal ou em blends com as uvas Chardonnay, Sauvignon Blanc, Verdelho, entre outras.
Dicas de vinhos Arinto:
- Quinta de São João Cuvée RB Branco 2017: Branco de caráter cítrico tanto no paladar quanto nos aromas, que ainda trazem um toque floral e uma nuance de menta. Na boca ainda destaca-se pela boa acidez e final de boa persistência;
- Alfacinha Regional Lisboa Branco 2019: Rótulo com boa acidez, corpo equilibrado e final agradável. Possui amarelo claro com reflexos esverdeados;
- Espumante JP Extra Brut: Frutas como pera e maçã, notas florais e delicado traço de fermento, são os aromas desse espumante elaborado com o método tradicional, mas que traz um estilo moderno, expresso no paladar leve, frutado, com boa acidez e persistência;
- Artefacto D.O.C. Vinho Verde 2019: Para ser degustado sozinho ou harmonizado, este branco de estilo jovem e fácil de beber, é elaborado na famosa Denominação de Origem Vinho Verde, localizada no noroeste de Portugal;
- Artefacto Branco 2019: Fácil de beber e de harmonizar, o nome desse exemplar significa “feito com arte” em latim, e foi escolhido para expressar todo o processo de elaboração de um vinho.
Já escolheu um dos rótulos para degustar? O próximo passo é entender a melhor forma de harmonizar a uva Arinto para escolher o acompanhamento perfeito!
De uma forma geral, os vinhos brancos desta variedade combinam bem com receitas de bacalhau, frutos do mar e peixes. Outras ótimas opções são tabule, legumes e codorna.
Agora que você já sabe tudo sobre a uva Arinto, que tal conhecer melhor outras castas do universo dos vinhos? A Winepedia tem diversos conteúdos ricos em informações para entender melhor cada uma delas!